quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

New Year



Depois de um fim de ano passado entre correrias de um país para o outro e vice-versa, depois de uma Passagem de Ano tresloucada, fortíssima e memorável com os melhores do mundo, depois de um início de ano de férias (e que bem merecidas que elas foram) e depois de um conturbado regresso ao trabalho... (ufa!) só agora é que me apercebi que ainda nem tinha pensado nas minhas resoluções para 2012.
Mas primeiro um curto balanço do ano que passou. Que me perdoem todos os que estão mergulhados nos negros mares da crise por essa Europa fora, mas o ano 2011 foi um dos mais prodigiosos da minha vida. Trouxe-me muita sorte, novidades e reviravoltas. Nem tudo foram rosas, é verdade. Perdi uma das pessoas mais maravilhosas que já conheci. Vi os meus amigos chorar e verem pessoas que amavam partir. Assisti a terríveis desgraças que me fizeram questionar as mais absolutas certezas. Repensei imensas vezes o facto de estar longe, e de como seria tão melhor estar perto dos que amo nos momentos difíceis que passaram em 2011. Foi um ano de altos e baixos, mas também foi o ano que a a minha vida deu uma volta radical. O vento da mudança soprou finalmente e vi os meus sacrifícios trazerem resultados, e os meus sonhos tomarem forma. Arrisquei num novo país e consegui.
Há uns dias, alguém muito querido perguntou-me: “E vale a pena estares longe dos que mais gostas pelo dinheiro que ganhas?”
A minha resposta foi curta, incerta. Por enquanto vale a pena.
A verdade é que não há emprego que pague o valor da família e dos amigos. E estar longe foi o maior sacrifício que alguma vez tive de fazer. No entanto, tenho conseguido ir a casa com mais frequência do que esperei (a cada dois meses) e este sacrifício permite-me proporcionar aos meus pais e amigos momentos de felicidade que nunca antes foram possíveis. Quando estamos longe, aprendemos a dar muito mais valor ao que deixámos para trás e a aproveitar muito mais cada momento que passamos com as pessoas. Não amamos mais, mas sentimos mais.
E permitindo-me um bocadinho de egoísmo, este sacrifício abriu-me portas para uma carreira na minha área de formação, a fazer algo que gosto.
Por isso mantenho a minha resposta: enquanto assim for valerá a pena.

Agora, as resoluções para 2012:
- Falar Alemão decentemente
- Ter aulas de guitarra
- Ir nadar duas vezes por semana
- Conhecer Viena, Praga e Londres
- Fazer uma mudança a nível profissional
- Inscrever os meus pais num curso de informática (se alguém souber de algum na área, é favor mandar vir!)
- Tagarelar menos e deixar de contar a minha vida por aí :)
- Receber os amigos e a família por estas bandas mais vezes.

Já chega, não?

xi-<3 & Happy New Year everybody!

1 comentário:

  1. Compreendo o que escreves: gosto de estar na China, e penso que continuarei por lá depois deste curso, mas a distância faz apreciar (ainda mais) os momentos em minha casa, com a família, na minha cidade... Esta pausa agora em Portugal vai saber bem, como souberam as outras duas anteriores. :)

    O teu ano foi complicado, com momentos difíceis, mas com outros muito bons. E é com os minutos menos positivos que crescemos e damos valor ao que temos! Bom Ano, tudo do melhor! (Espero que consigas fazer tudo o que está na lista! Ah, e não te esqueças, saúde e sorrir, muito!) :)

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