domingo, 17 de abril de 2011

Holanda, Portugal e (talvez) mais qualquer coisa

No outro dia a minha grande amiga Sara disse  (aqui) que quem é vivo sempre aparece.
Pois é... eu continuo viva e desaparecida (para quem não me viu no fim-de-semana passado), mas também as novidades não são assim tantas, e até tenho tido algum tempito, acontece que ando cada vez mais preguiçosa, pronto.
Mas comecemos pelo trabalho, um assunto de que tenho falado muito pouco por aqui. Bem, resumidamente posso dizer que vai de vento em popa. Na generalidade corre muito bem, tenho sempre muito que fazer e estou a adorar. Aprendo coisas novas todos os dias, falo com pessoas diferentes, em línguas diferentes e isso faz-me muito feliz. Pela primeira vez na vida, olho para estes quase quatro meses de trabalho e consigo ver a minha própria evolução - de dia para dia. É infinitamente gratificante sentir que realmente estamos a avançar, que somos melhores a cada etapa que passa, e que para além de nós, também os outros estão satisfeitos com o nosso trabalho. Sinto que encontrei o meu lugar, pelo menos por agora :)
Ainda dentro do mesmo tema, fui entretanto a Roterdão para mais um seminário da BV, e este sim, foi brutal em todos os aspectos. Saí de lá com tal lavagem cerebral que durante os dias que se seguiram senti-me quase como a pessoa mais sábia à face da terra, mas claro que este tipo de efeitos não dura para sempre... Quanto à Holanda, não posso alongar-me muito porque vi mesmo muito pouco. A vista sobre Amesterdão imediatamente antes do avião aterrar é fenomenal pela forma absolutamente geométrica como a cidade está disposta - desde a costa até às avenidas com os seus pequenos e inúmeros canais e edifícios igualmente dispostos. E de Amesterdão foi apenas isto que consegui ver. Quanto a Roterdão ainda tive tempo para alguns passeios pelo centro da cidade a pé ou de barco (cortesia da equipa local) e para uma festarola imagine-se lá, num Irish Pub (tudo a ver). Mas foi divertido e super interessante do ponto de vista cultural. A cidade é de facto lindíssima. Depois de ser completamente arrasa pelos bombardeamentos alemães na II Guerra Mundial, surgiu neste lugar uma harmoniosa mistura de edifícios antigos e modernos de uma forma que só se vê mesmo na Holanda. Gostei, e desejo infinitamente lá voltar.
Mas melhor do que isto tudo, foi mesmo ter ido a Portugal no fim-de-semana em que fiz 23 anos! A emoção de rever a família e os amigos (eu sei, eu sei que não passou ainda assim tanto tempo desde que vim para Zurique, mas sou uma lamechas, o que é que querem?)  é indescritível. E para quem já me ouviu dizer que ainda não tinha começado a sentir as saudades a sério, bem... esse sentimento mudou desde que regressei. Um fim-de-semana foi curto e trouxe-me muita vontade de regressar ou então, de trazer toda a gente de volta comigo. Não poderia ter tido um aniversário mais feliz, junto de todos aqueles que continuam a fazer parte da minha vida, mesmo a quilómetros de distância. Senti a falta de algumas pessoas especiais que por motivos de trabalho ou motivos "da China" não puderam estar presentes. Mas o Verão está quase aí e já não falta tudo para vos abraçar outra vez!
Para a Páscoa não teremos folar, nem "pão podre", nem cabrito (graças a deus!), mas como aqui temos feriado na Sexta e na Segunda, talvez aproveitemos o fim-de-semana prolongado para viajar até algum sítio giro.
Um xi <3